10 de março de 2008

Max e Igor comentam a decadência da cena metal

A edição de fevereiro de 2008 da Close-Up da Suécia traz uma entrevista com os fundadores do SEPULTURA, Max e Igor Cavalera, que estão trabalhando no CAVALERA CONSPIRACY.


Igor, quando você perdeu o interessse pelo metal e por que?

Igor: Na verdade, por tocar. Primeiro, muita turnê e depois fui perdendo a paixão por tocar. Mais a cena... eu não consigo lembrar de uma grande banda. Para ser completamente honesto com você, ainda hoje não conheço uma nova banda, de metal, que eu goste. Talvez eu pudesse ouvir e ouvir e achar coisas interessantes aqui e ali.

Max: Fui assistir o LAMB OF GOD no Estados Unidos e eles foram bem. Mas KILLSWITCH ENGAGE abriu e eles foram o show mais gay que eu já vi. Eu estava como ‘Eu não faço parte dessa cena, é muito gay’. Eles estavam agindo como se fossem o U2 e eu pensava, ‘Hmm...’ A atitude deles era ridícula. Eu não conheço esses caras, eles estão no mesmo selo que eu [RoadRunner] e tudo, mas era completamente decepcionante e gay. Muito tosco, uma banda tosca ao vivo, tudo relacionado à atitude. LAMB OF GOD veio e destruiu com eles... e eu nem mesmo gosto tanto assim de LAMB OF GOD, mas eles eram tão melhores vindo depois de KILLSWITH ENGAGE. E eu pensei, ‘Se a cena é isso aí, foda-se, eu não tenho nada a ver com isso’.

Igor: Na verdade, preciso dizer algo, o último álbum de metal que eu comprei foi do JUSTICE (MySpace). Você conhece JUSTICE?

Justice?

Igor: Sim, é uma banda dance

Uma banda dance?

Igor: De Paris.

Ok.

Igor: O material deles, na minha opinião, é muito metal. Eu posso dizer porque eles são. Para mim, eles são metal à maneira deles. Distorcido, pesado, mas ainda assim eles fazem música para as pistas de dança para as pessoas que querem dançar. Então preciso dizer... mais o visual que também é bem metal. Para mim, eles são o renascimento do BLACK SABBATH de uma maneira completamente diferente. Eles até usam a cruz, sabe?! Você deveria conferir.

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